Um Canto da Criação
- Robinson & Luiza
- 1 de set. de 2020
- 1 min de leitura
Olhando pro céu da noite,
Escutei uma história da Lua...
Ela me disse que no principio era o nada,
E muito tempo passou sendo apenas o nada,
Onde nem o tempo existia, e a potencialidade do todo urgia.
Cansado de sua condição
O Grande Vazio resolveu experimentar-se:
Brincar de ser tudo o que pudesse ser,
Tudo o que quisesse ser.
Repartiu-se em luzes de diversas cores,
Em sons de variados tons
E conformou-se em diferentes combinações.
Cada arranjo, uma melodia, uma vibração, um ritmo.
Dançando pelo universo em expansão,
Seguiram girando pelo espaço,
Pendendo nas brisas e vendavais cósmicos,
À medida em que flutuavam ou eram arrastados por aí,
Uma sinfonia de cores pintava o escuro.
Melodias da criação
Teciam os fios do destino da vida
Cantavam odes ao novo, ao desconhecido, ao porvir
No inexistente, a consciência universal penetrava
Preenchendo os espaços de infinitas possibilidades
O vazio, fecundo de si
Gestando a vida em manifestação
Redescobrindo o alcance
De uma intenção: Ser-Se.

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