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Hoje lembrei que não tenho inimigos

  • Foto do escritor: Robinson & Luiza
    Robinson & Luiza
  • 3 de mai. de 2020
  • 2 min de leitura

Atualizado: 25 de mai. de 2021


Talvez, por isso, devesse começar pedindo desculpas…

Mas não creio ser este o caso.

Pedir desculpas é dizer que errei, e não há erros no entendimento.

Se hoje entendo, tudo o que fizemos nos trouxe até aqui.

Não se pode reparar o passado, e o único caminho é daqui pra frente - então, o que está feito, está feito!



O que importa é que, hoje, percebi que não tenho inimigos, e, na verdade, nunca os tive.

Estivemos sempre lutando pelas mesmas coisas, cada um respaldado por suas verdades. Absortos e alienados nos próprios temores, nos voltamos um contra o outro, sem perceber que buscávamos as mesmas coisas: Paz, Amor, Felicidade.



O ser humano tem o inacreditável hábito de não falar o que quer: fala de tudo, menos daquilo que seu coração cala.

Com isso, Paz, Amor e Felicidade mascararam-se com muitos nomes, rótulos, ideologias, bandeiras...

Ainda assim, todas as batalhas são pelos mesmos objetivos - pelo menos, ainda não ouvi falar de alguém que lutasse por outra coisa que não tivesse a Paz, o Amor e a Felicidade como finalidade almejada.


(Chego a ouvir as vozes do inconsciente e suas sombras falando: “Mas...”):

sem mas!

Porque hoje sei que não tenho inimigos, e tu tampouco os tem.


Sempre fomos aliados (talvez os mais leais), pois incitamos um ao outro a seguirmos buscando, quando, cansados, tentamos nos acomodar com qualquer coisa mais ou menos. Afinal, essa tal “Felicidade” sabe mesmo se esconder.


E foi então que pude ver que não éramos inimigos, pois “ele” era simplesmente a terceira pessoa do singular, um indicativo para qualquer outra pessoa, objeto ou coisa que não fosse nem “eu”, nem “tu”.

Pois tu e eu temos uma relação, mas “ele”... ah, ele é outra história.

Isso falando no singular, pois, basta a primeira pessoa do plural se pronunciar que nós voltamos a nos encontrar.


Com isso, pude ver que estamos juntos, pois aquilo que amo, carrego comigo, mesmo sem querer, mesmo que a vida ou a morte nos separe, ainda seguimos.


Sendo assim, me perguntei, eu comigo mesmo: se não somos inimigos, onde está a Harmonia? E eis que ouço seu risinho de criança marota: sim, ali estava ela, em casa, brincando de esconder com a Paz, o Amor e a Felicidade (aqueles três raramente se encontram separados).


E como mais haveria de ser?

Escondidos, dentro de casa, dentro de mim, enquanto eu enfrentava o mundo buscando por eles…Ninguém os roubou, nem os feriu, eles estavam onde sempre estiveram, era eu quem não estava ali!


Desta maneira, hoje entendo que nunca tivemos inimigos, mas ainda temos que estar atentos.

Sem dar ouvidos a ninguém, Harmonia segue se escondendo, inabalável, plena, sorrindo.






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